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Quanto tempo de carregamento de um website vale a experiência do utilizador?

Animação de website vs. velocidade

É possível quantificar a importância da experiência do utilizador em tempo de carregamento de um website? A questão ocorreu-me há uns dias atrás, depois de um meetup WordPress.

Falava-se de design e programação. Veio à baila a cada vez mais importante UX (user experience – experiência do utilizador) e a opinião de que nenhuma animação, de uns 300ksb, valia a pena o atraso de uns quantos milisegundos no carregamento de um website.

Para quê bonito se todos preferimos a velocidade? Até podemos encantar os olhos com uma animação breve mas após duas ou três vezes já não lhe damos qualquer importância.

Já a velocidade é outra história. Ninguém gosta de websites lentos, ninguém gosta de esperar que aquilo que queremos ver nos demore mais que uns três segundos, se tanto, a aparecer. Queremos ver e queremos já.

Velocidade

Não é à toa que desde há uns anos a Google destaca a velocidade de carregamento como um dos elementos fundamentais para a classificação dos websites nas páginas de resultados após uma pesquisa: “Sites mais rápidos fazem os utilizadores felizes e vimos, nos nossos testes internos, que quando um site responde de forma lenta, os visitantes gastam menos tempo nele”.

A questão é saber se podemos (e não se devemos), por um instante, e apenas por um instante, relegar a velocidade para segundo plano para dar ao utilizar um momento especial ao visitar um website. Até que ponto podemos roubar-lhe uns breves instantes na vida para lhe oferecemos uma melhor experiência de utilização, uma visita mais agradável.

A experiência

Um dos meus testes preferidos é simular que sou outra pessoa. Pensar que sou um banal utilizador / visitante de um dos websites que fiz ou ajudei a fazer. Procuro libertar-me das amarras que tenho ao projecto em causa e das ideias preconcebidas que criei.

O objectivo é ver o trabalho desenvolvido com outra perspectiva, procurando colocar-me na posição de uma pessoa que faz parte do público alvo. Admito que nem sempre é fácil, nem sempre é bem sucedida mas é uma operação que já fiz algumas vezes com sucesso.  Nalguns deles foi um exercício que me levou a realizar alterações mais ou menos profundas.

E a experiência do utilizador?

Voltemos à questão que nos ocupa. Aquela animação no website, aquela que não acrescenta valor à essência do  projecto mas que, por outro lado, lhe dá um pequeno toque especial, essa animação quanto tempo a mais é que implica? Leva um segundo? É para sair, é muito tempo. Leva um quarto de segundo? É ou não uma mais valia para o projecto? Se sim, fica. Se não, então o melhor é eliminar.

Talvez dependa do tipo de site, do público alvo, da própria experiência de utilização. E se aquela animação, aquele momento, valer uns breves instantes a mais no tempo de carregamento? Afinal não há quem passe horas numa fila para comprar bilhetes para um concerto da sua banda preferida? Não faz essa espera também parte da experiência do próprio concerto, porque supostamente estamos acompanhados por outras pessoas como nós?

Será que essa pequena animação não fará sentido naquele website e que a experiência do utilizador não ficará enriquecida por ela lá estar?

Sempre ouvi dizer que os olhos também comem. A questão aqui é saber qual o sabor que tem aquela animação e o tempo que o navegador a demora a mastigar.

José Freitas

José Freitas

Ajudo pequenas e médias empresas e empreendedores a criar estratégias online para conseguirem melhores clientes, através da comunicação relacional. Na minha vida passada fui jornalista durante 25 anos. A comunicação é a minha praia. Viciado em café intenso e aromático.

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