“É o do costume, Marco”

Há tempos ouvi alguém dizer que mais depressa mudava de mulher do que de barbeiro.

Estranho? Só para aqueles que ainda não encontraram o seu barbeiro.

Depois de encontramos o barbeiro, ele deixa de ser apenas o barbeiro, e passa a ser um amigo, um confidente, aliás, a barbearia passa a ser um confessionário. Li há algum tempo que “a barbearia é assim uma pequena igreja masculina onde se pode falar de tudo entre homens. Não é só um confessionário, é o último reduto de uma linguagem livre, sem fiscais, sem auto-censura.”

A ida ao barbeiro é um ritual inicialmente imposto por uma condição (o cabelo crescer) que se transforma num hábito agradável e imprescindível.

Alguns de nós tiveram ‘a’ experiência (desastrosa) de o destino providenciar o instante em que estamos sozinhos em frente a um espelho e com uma tesoura demasiado perto do nosso alcance. Nem sempre existe uma máquina para registar o momento para a posteridade, mas a nossa memória garante que a imagem de uns cabelitos espetados no cimo da testa nunca mais seja esquecida. É o que dá a inexperiência aliada ao acesso a ferramentas de trabalho.

Mais tarde, chega a altura em que a mesada não chega para tudo, e temos de escolher entre tabaco e cerveja, ou uma ida ao barbeiro. Depressa verificamos que os 10 euros do barbeiro pagam meia dúzia de mines, pelo que confiamos a nossa cabeleira a um amigo que tem uma máquina lá em casa. Atenção, vejam lá se o vosso amigo não emborcou as minis todas antes de vos cortar o cabelo, senão está montada uma receita para o desastre.

Até que chega a altura de nos fazermos homenzinhos, e se tivermos tido sorte, seja por indicação de alguém ou até por vontade do destino encontramos o nosso barbeiro. Aquele que sabe o que faz, que sabe fazer bem, que sabe tudo sobre o ofício cortar o cabelo e que nos dá os seus conselhos porque nos conhece bem.

Perguntem a alguém que já encontrou o seu barbeiro, se pensa em cortar o cabelo sozinho, ou confiar naquele amigo que até tem uma máquina lá em casa.

“NEM PENSAR!!!”

Lembrei-me desta história, enquanto efetuava a manutenção dos sites aos nossos clientes. Sabem quantas atualizações foram feitas ao WordPress no ano de 2015? Vinte e cinco, ou seja a cada 15 dias.

E muitas das atualizações do WordPress, implicam em seguida atualizar tema e plugins. Sim, nós visitamos os sites dos nossos clientes 3 vezes por semana (e por vezes até mais, se existirem atualizações de segurança urgentes) – e eu nem sequer faço a barba três vezes por semana 😀

Há quem tenha site WordPress e se arrisque a fazer a manutenção sozinho, com o monitor como espelho, e a Admin Area como tesoura afiada ao dispor das suas mãos inexperientes, outros já sabem um pouco do ofício e assumem a manutenção do site (ou confiam naquele amigo que ‘dá uns toques’), por fim há quem prefira recorrer a ‘profissionais’.

Entregar a tarefa a quem sabe o que faz, sabe fazer bem, que está atualizado sobre o que se passa no mundo WordPress e que está disponível para dar conselhos adequados ao tipo de site do cliente é a atitude certa a tomar.

E então porque nos fidelizamos a um barbeiro? Muito simples, o barbeiro é alguém em quem confiamos. É por isso que quando vou ao meu barbeiro Marco, sento-me na sua cadeira e apenas lhe digo:

“É o do costume, Marco”

Pedro Fonseca

Pedro Fonseca

passionate about the internet. social media lover and wordpress geek.

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