O Facebook está, mais uma vez, diferente. Mais uma vez é uma pequena alteração que talvez comeces a notar de forma ligeira e progressiva. Mais uma vez é a consequência da aprendizagem que a rede social faz do seu uso pelos utilizadores.
No passado mais ou menos recente, o Facebook tinha actualizado o feed de notícias (o famoso mural) passando a reflectir o tempo que cada utilizador levava a ler a publicação dentro da própria cronologia, independentemente de abrir ou não um artigo que lhe estivesse associado.
O Facebook passou ainda a ter em conta aquelas vezes em que alguém carregava num link para um artigo e regressava de imediato à rede social, percebendo que isso significaria, na maior parte das vezes, que aquele conteúdo não corresponderia ao esperado pelos utilizadores. Era o caso dos inúmeros títulos em estilo ‘click bait’, como “Não imagina o que este gato faz para chamar a atenção”.
A novidade, embora não inesperada, é que o Facebook diz ter percebido que o tempo que as pessoas decidem ocupar a ler ou ver um conteúdo ao qual acederam através do feed de notícias é um sinal importante de que é algo que lhes interessa. Daí terem optado por reflectir isso mesmo no algoritmo de apresentação de publicações futuras no feed.
Por isso, este passará a prever quanto tempo um utilizador passará a consumir um artigo no browser móvel do Facebook ou nos Instant Article.
Esta actualização do ranking irá passar a prever qual a probabilidade do utilizador voltar a carregar num artigo e passar tempo a lê-lo.
“Com esta alteração, podemos perceber quais os artigos que lhe possam interessar, baseado no tempo que você e outros levam a lê-lo”, refere o Facebook. A análise do tempo investido será apenas feita quando esses conteúdos são consumidos através do browser móvel do Facebook ou nos Instant Article.
Este é mais um resultado do Feed Quality Program.
E agora?
Já tínhamos reparado que um dos parâmetros que o Facebook passou a utilizar para refinar as publicações que apresenta no feed dos utilizadores é o tempo que cada pessoa aplica numa publicação. Logo, publicações mais ou menos longas também são importante.
Daí termos optado por diversificar o tipo de mensagem: curtas, médias, longas, com e sem links. Numa linguagem simples e abrangente, para nos colocarmos no meio e ao nível da maior fatia do público-alvo que pretendemos alcançar.
Vamos bem além da componente publicitária e promocional, procurando conquistar e manter seguidores que não têm uma relação directa e de afinidade com as marcas que trabalhamos. Afinal, aqueles que têm essa relação directa com a marca, estão à partida conquistados.
Eis as duas questões centrais que colocamos quando analisamos os conteúdos a inserir:
- Ajuda a construir credibilidade e confiança com a audiência?
- As pessoas que seguem a página podem ter interesse nesta publicação?
Se a resposta a ambas é sim, seguimos em frente.