O que faz os clientes regressarem a uma marca mesmo que os seus produtos sejam mais caros que outros similares? E, muitas vezes, de idêntica qualidade? Os que os faz irem mais longe em busca de um produto? A confiança. A garantia que aquela marca lhes transmite, o sentirem-se em território seguro.
Mais de uma vez fiz centenas de quilómetros, ida e volta, para comer determinado prato num certo restaurante. Poderia encontrar esse prato em vários restaurantes bem perto da minha área de residência mas uma questão de confiança fez-me conduzir mais de 200 quilómetros e acabar por pagar mais caro, quanto mais não seja pelo combustível. Pela experiência, pela garantia que o restaurante me dava, pela confiança.
Porque o restaurante em causa tinha uma missão, definiu um mercado alvo, tinha um produto de valor acrescentado e ganhou a minha confiança. De todas as visitas que fiz nunca me desiludiu.
Construir a marca de confiança
O produto ideal é aquele que os utilizadores conhecem, gostam e confiam. É isso que faz uma marca. É assim que se constrói, num processo que está longe de ser simples e curto.
Em primeiro lugar, é importante que as pessoas, os consumidores, conheçam a tua marca, saibam que ela existe. É aqui que entra a promoção, o marketing ou o prosaico ‘espalhar a palavra’.
Depois entra a etapa do gostar. Se as pessoas não gostarem de uma determinada marca, não a vão usar. Neste ponto, surge muitas vezes, a percepção do valor, gostos pessoais e, por vezes, alguns preconceitos. É, pois, território movediço. Há que ter a consciência de que a tua marca não irá agradar a toda a gente. Mesmo que nem sequer tenha experimentado os teus produtos. Pode apenas ser porque tens cinzento no teu logotipo e o potencial cliente não gosta do cinzento.
Por fim, temos a questão da confiança. Os consumidores têm de confiar nos teus produtos, na tua marca. Se confiarem, excelente. Tens meio caminho andado para o sucesso. Se não confiarem a tua tarefa será bem mais complicada. E o primeiro passo é recuperar a imagem e… a confiança.