De repente a conversa chegou ao uso do Google PageSpeed Insights, como meio de análise do tempo de carregamento de um website e os outros indicadores que esta ferramenta oferece a quem a utiliza.
A conversa, convém explicar, era com um colega das lides do WordPress e da construção de plataformas de comunicação online, websites, entre outras coisas.
Falávamos da importância dos websites responderem de forma adequada à visualização em smartphones, da relevância que isso tem nos resultados da Google e, claro, da velocidade de carregamento dos websites. E, palavra puxa palavra, estávamos já a dissertar sobre a interpretação dos dados.
Disse-lhe que uma das minhas ferramentas de eleição, além daquelas disponibilizadas pela Google, era o Pingdom. Além de ser fácil de usar, fornece os resultados de forma simples, perceptível e permite avaliações mais rigorosas a quem quiser.
E como se interpretam os dados?
Depois de inserirmos o endereço do website pretendido na caixa, basta clicar em Test Now e aguardar uns instantes. Em troca recebemos quatro métricas muito importantes:
- Performance
- Pedidos de conteúdo (requests)
- O tempo de carregamento
- O peso da página
A mais importante de todas as métricas é a relativa ao tempo de carregamento.
A performance pode ser entendida como um guia sobre como está um website optimizado mas deve ser encarada apenas como isso, um guia. E uma forma de procurar ver o que está menos bem para corrigir.
Já a velocidade de carregamento é outra coisa. É o dado mais importante de todos.
Na realidade, nem os visitantes nem os motores de busca estão muito preocupados com o nível de optimização. Já a velocidade com que chegam a um website e o consultam, é outra história.
A melhor forma de obter uma ideia clara do tempo de carregamento é efectuar o teste algumas vezes, para obter uma média válida. Porque, tendo em conta o funcionamento da internet e dos servidores, a velocidade quase nunca é igual. Há sempre variações que podem ser ligeiras ou mais flutuantes. As primeiras aceitam-se, as segundas são um sinal de que há algo a precisar de obras.
Por exemplo, se a cache de um website acabou de ser refrescada, o tempo de carregamento para o primeiro visitante será superior ao dos seguintes. Para esses, já haverá uma cache gerada.
O teste deve ser efectuado em diversas páginas, não apenas na home. Quando um utilizador chega ao website através de uma busca no Google é muito provável que vá cair numa página interior ou num artigo no blog. Logo, o ideal é realizar avaliações também a estas páginas.
Uma das ferramentas mais interessantes do Pingdom, que também existe noutros sistemas semelhantes, é a apresentação em detalhe de todos os elementos que foram carregados, com os seus respectivos tempos. Esse ‘filme’ mostra o tempo de carregamento de cada componente e ajuda a perceber a causa de potenciais atrasos, sejam imagens, scripts ou outros.
E o Google PageSpeed Insights?
Uma visita ao Google PageSpeed Insights mostra-nos outras coisas. Mostra, por exemplo, uma lista de recomendações da Google e dados que, à partida, nos podem desanimar, com uma lista de avisos a amarelo e vermelho. Não parece bom, pois não?
A verdade é que a maioria não é assim tão importante. Sobretudo se tivermos em conta que alcançar uma classificação de 100% é quase impossível.
Queres conferir isso?
Vai ao Google PageSpeed Insights e pede para analisar o próprio Google.com. Pois, nem a própria Google, com a sua página de pesquisa minimalista e ultra simples, escapa aos avisos e alertas.
O melhor é nem sequer pensar em tentar obter os 100% através da implementação das sugestões que o Google PageSpeed faz.
Exemplos?
O Google PageSpeed pode recomendar que minifiques ou apliques ‘expire headers’ a um ficheiro que nem sequer está hospedado no teu website. Portanto, isso é impossível.
É uma ferramenta importante e que deve ser utilizada mas com conta, peso e medida, sem levares tudo à letra.
Pensa sempre na experiência do utilizador. Preocupa-te em levar até ele um website útil, eficaz e rápido. Segue as recomendações que podes aplicar e que tenham sentido. Sem excessos. Ensinaram-me que os excessos fazem mal.